quarta-feira, 10 de abril de 2013

Dos conformados...

É incontornável que cada pessoa tem a sua própria forma de viver.
E a minha, é aos olhos de muita gente, pouco comum.
Nunca quis ter um trabalho que gosto 'mais ou menos'. Sempre preferi o inseguro, imprevisível e escasso mas feliz.
Nunca me alistei no grupo dos conformados que 'vão andando'. Ou vou, ou fico só deitada.
No fundo, acho que este portuguesismo me dá cabo da alma e da paciência. Nem ata, nem deixa de ser.
Não quero acreditar que alguém queira mesmo investir no 'mais ou menos'.
Ninguém pode ser feliz na vida ou numa relação que vai 'mais ou menos', ou que 'tem dias'. Isto não pode existir. Não é optar por uma refeição congelada só porque não apetece cozinhar. Os dias têm de ser todos se a vontade assim o manda. Há cedências e há problemas e o Mundo não é cor-de-rosa, mas é exactamente nos dias 'menos' que nos devemos munir das nossas 'mais' companhias.
Ninguém é produtivo ou excelente profissional se gosta só 'mais ou menos' daquilo que faz diariamente que lhe consome tantas horas. Horas essas que podiam ser investidas num 'adoro'!
Até na nossa língua existe uma preguiça brutal de andar para a frente com as coisas. Somos portugueses e isso justifica tudo. Errado.
'É o fado'. 'Depois vê-se', 'Vamos andando', 'Logo se vê', 'Mais ou menos'... e um sem fim de outras expressões que usamos para mascarar de forma cobarde a nossa falta de vontade.

Quando é que trocamos tudo por um 'sim, vamos experimentar', 'eu faço', 'eu vou', 'eu arrisco' ?!


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