sábado, 27 de abril de 2013

De todos os errados podias ter sido o certo.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Que tenha a coragem para continuar a destruir o que nunca houve senão na minha ideia.
Que tenha a força para me apanhar do chão e me construir novamente.
Que tenhas a honestidade para me dizer a verdade.

Porque para os cobardes é sempre e só mais fácil puxar o tapete com a mão do desprezo e sem lutar.

Count me out.

domingo, 14 de abril de 2013

Dizes que não percebes os sinais...

E um enorme elefante frio que se instalou entre nós? Consegues vê-lo?!


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Dos conformados...

É incontornável que cada pessoa tem a sua própria forma de viver.
E a minha, é aos olhos de muita gente, pouco comum.
Nunca quis ter um trabalho que gosto 'mais ou menos'. Sempre preferi o inseguro, imprevisível e escasso mas feliz.
Nunca me alistei no grupo dos conformados que 'vão andando'. Ou vou, ou fico só deitada.
No fundo, acho que este portuguesismo me dá cabo da alma e da paciência. Nem ata, nem deixa de ser.
Não quero acreditar que alguém queira mesmo investir no 'mais ou menos'.
Ninguém pode ser feliz na vida ou numa relação que vai 'mais ou menos', ou que 'tem dias'. Isto não pode existir. Não é optar por uma refeição congelada só porque não apetece cozinhar. Os dias têm de ser todos se a vontade assim o manda. Há cedências e há problemas e o Mundo não é cor-de-rosa, mas é exactamente nos dias 'menos' que nos devemos munir das nossas 'mais' companhias.
Ninguém é produtivo ou excelente profissional se gosta só 'mais ou menos' daquilo que faz diariamente que lhe consome tantas horas. Horas essas que podiam ser investidas num 'adoro'!
Até na nossa língua existe uma preguiça brutal de andar para a frente com as coisas. Somos portugueses e isso justifica tudo. Errado.
'É o fado'. 'Depois vê-se', 'Vamos andando', 'Logo se vê', 'Mais ou menos'... e um sem fim de outras expressões que usamos para mascarar de forma cobarde a nossa falta de vontade.

Quando é que trocamos tudo por um 'sim, vamos experimentar', 'eu faço', 'eu vou', 'eu arrisco' ?!


Do que há em ti...

Não percebes quando te olho fixamente e ris-te.
Perguntas-me porque o faço, e na verdade a resposta é tão simples.
Para te decorar... Para que nos meus sonhos não sejas desfocado.

Já te decorei as rugas de expressão nos olhos quando sorris.
O dente da frente fora do sítio tão típico do miúdo reguila.
Os dedos compridos que seguram o cigarro até ao último suspiro.
O teu ar indefeso de quem tem pouco porte.
As costas delineadas e os braços finos que já me seguraram.
O lábio superior subido que tocava nos meus sem pesos na consciência.

Sabes, tem sido difícil de me afastar do teu cheiro e das tuas gargalhadas.
Apesar de serem acutilantes os teus silêncios e os nossos não temas, as nossas não conversas, os nossos estou aqui, mas na verdade ausente.
Como é que chegamos aqui em tão pouco tempo?
É uma questão que me atormenta os dias longos, demasiado longos...

Sabes, contava contigo para construir qualquer coisa de bom, porque finalmente achei que o que é bom não pode acontecer só aos outros. Dei-te as cartas todas e os créditos. Fui de cabeça e peito abertos e não consigo compreender os teus recuos.
Mas a vida é assim, saí-se sempre a perder. Está na hora de largar a mão às ilusões e tentar focar a realidade. Recuso-me sempre. É tão crua e fria....

Sabes, ando triste, especialmente porque isto podia ser o que nós quiséssemos que fosse....

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Se a Vida fosse personificável era uma mulher.
Daquelas matreiras que ficam na esquina só a ver-te.
Acende um cigarro, deixa-o arder, recosta-se contra a parede e fica ali. Só a topar-te.
Controla todos os teus passos, mas faz-se de despercebida.
Vê-te cair nos buracos de alcatrão sujo e não se move. Nem um milimetro.
Sente um enorme prazer mórbido sempre que te levantas e limpas a poeira e o resto das folhas do Outono da cara.
Cruza os braços enquanto te vê andar pé ante pé na borda do passeio.
Decora todos os teus desequilíbrios e ri-se de cada vez que abres os braços para controlar o balanço. 
Cruza os dedos e roga-te que caias.
E tu insistes. 
E cais.
E levantas-te. 
E fazes feridas. 
E limpas o sangue. 
E cicatrizas. 
E perdes o pé. 
E cais.
E quando finalmente te ergues, decides percorrer todo o caminho de uma vez só e aproximas-te da esquina... na maior descontração ela estica o pé. 
Com a ponta do seu melhor sapato de salto rasteira-te sem dó até que oiça todos os teus ossos a partir.

Vira-te costas e segue.

Mas tu não és de ficar para trás... 
Nunca foste.

Partes de nós...





Há, cá dentro, partes de nós que se escondem.
Porque nem sempre são politicamente correctas.
Porque não são ideias coloridas em néon e glitter.
Porque às vezes são mórbidas e doem e sabem a ferro como uma ferida no lábio.
Silêncio - É a melhor arma quando se esconde. Daquele que não dói mas que oculta.
Há, cá dentro, partes de nós que se escondem.
Porque as arrumamos.
Porque ficaram debaixo do pó.
Porque não havia motivos de sabor doce a canela e cheiro a café para partilhar.
Há, cá dentro, partes de nós que se escondem.
E às vezes latejam e moem, mas ainda assim estão demasiado camufladas para ressaltarem às nossas vontades.
Há, cá dentro, partes de nós que se escondem.
E ficam a baloiçar entre a preguiça e o esquecimento.

Mas hoje, chega de jogar às escondidas. Já não há assim tanto para esconder.
A maturidade perdeu a vergonha. A vontade mexeu-se...
Volt(ei)ou!